A Unicamp confirmou na tarde desta quarta-feira (13) que abriu uma comissão para investigar se houve fraudes cometidas por candidatos que optaram pelo sistema de cotas étnico-raciais no vestibular 2019. Esta foi a primeira edição que a universidade implementou a medida com objetivo de elevar inclusão social e, ao todo, 959 (30,3%) ingressantes na graduação foram beneficiados.
De acordo com a comissão organizadora do processo seletivo (Comvest), o grupo é composto por professores e foi instituído pela reitoria da Unicamp após denúncias. A publicação foi feita no Diário Oficial do estado na terça-feira e os trabalhos devem ser finalizados em até 60 dias.
Beneficiados por cotas
- Total: 959
- Vestibular (tradicional): 682
- Vagas via Enem: 277
- O resultado foi atualizado até a 5ª chamada do vestibular;
“Assegurado o direito ao contraditório e seguindo o critério da transparência para que que a política de cotas seja utilizada para quem faz jus ao benefício”, falou o coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto. O número de denúncias e alunos alvo delas não foram confirmados.
O coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto — Foto: Alex Matos
Segundo ele, a possibilidade de realizar apurações já era esperada, considerando-se os históricos de outras universidades. Em dezembro do ano passado, por exemplo, a Unesp confirmou as expulsões de 27 alunos que se autodeclararam negros ou pardos e conquistaram vaga por meio do sistema de cotas, após comissão interna da instituição considerar as autodeclarações inválidas.
Fonte: G1 notícias.