Doria anuncia 4 períodos de férias por ano na rede estadual de SP

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (26) uma mudança no calendário escolar da rede estadual de ensino a partir de 2020. A partir do ano que vem, alunos e professores das escolas estaduais terão quatro períodos de férias:

  • Uma semana em abril
  • Duas semanas em julho
  • Uma semana em outubro
  • 30 dias entre dezembro e janeiro

As principais mudanças são a redução do período de férias de julho de 30 para 15 dias, e a oficialização de duas semanas de recesso, em abril e outubro – popularmente chamadas de “semana do saco cheio”.

Atualmente, o calendário da rede estadual prevê dois períodos de férias de meados de dezembro a 31 de janeiro e de 28 de junho a 30 de julho.

De acordo com o governo, a mudança não representa aumento nem diminuição do período de férias nem de recesso, mas uma redistribuição. Estão garantidos os 200 dias letivos previstos por lei.

O secretário de educação, Rossieli Soares, justifica que a mudança se dá para melhorar o nível de aprendizagem dos alunos.

“Longos período de férias são prejudiciais à aprendizagem, principalmente para as crianças em condições de mais vulnerabilidade. Aqueles que podem viajam com as crianças, mas quem está nas redes estaduais e municipais não consegue viajar, fica em casa assistindo TV.”

Novo calendário

O próximo ano letivo começa no dia 3 de fevereiro, com encerramento previsto para 22 de dezembro.

“Municípios poderão aderir ao novo calendário estadual unificando os cronogramas. Rede privada, se quiser, pode seguir o mesmo modelo da rede estadual de São Paulo”, disse Doria.

Segundo Rossieli, o calendário completo de 2020 será publicado no segundo semestre deste ano. “Estamos anunciando com muita antecedência para as famílias se organizarem e para podermos conversar com as redes municipais”, afirmou o secretário de Educação.

O secretário de Turismo, Vinicius Lummertz, diz que a mudança vai impactar na economia de turismo de São Paulo. “Barateia o turismo, tira a pressão do turismo em julho, gera empregos e impostos”, afirmou.