A Síndrome de Burnout, um alerta aos Professores(as)!

A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, Algo como queimar por completo), também chamada de Síndrome do esgotamento Profissional, foi assim denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

Seria o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho, outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma patologia que atinge membros da Área da Saúde, Segurança Pública, setor bancário, Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, jornalistas, advogados, pilotos, cientistas, professores e até mesmo voluntários.

O termo burnout, do inglês, significa aquilo que deixou de funcionar por completa falta de energia. Simbolicamente, é aquilo ou aquele que chegou ao seu limite, com grande comprometimento físico ou mental. Essa definição parece ter sido feita para você, professora? Então fique conosco para entender mais.

A síndrome de burnout é um processo que se inicia com prolongados e excessivos níveis de estresse (tensão) no trabalho. Com essa definição, apresentada em uma revisão de literatura realizada por uma equipe de médicos do Hospital das Clínicas sobre o tema, vamos aprofundar os motivos pelos quais um dos principais públicos estudados quanto à prevalência da síndrome são os professores.

Fatores de risco para desenvolver burnout

Os principais fatores de risco ligados à organização são:
    • as burocracias (ou o excesso de normas)
    • a falta de autonomia
    • a falta de confiança, respeito e consideração entre os membros de uma equipe
    • a impossibilidade de ascender na carreira e de melhorar a remuneração.

Fatores que potencializam os riscos

É importante destacar os seguintes pontos ligados ao trabalho:
  • a falta de reconhecimento na carreira
  • o acúmulo de tarefas por uma mesma pessoa
  • o convívio com demais colegas afetados pela síndrome.

Conheça as principais causas da síndrome de burnout em Professores

A vida profissional é regada por prazeres e desafios. A carreira docente, por exemplo, pode estar associada a muitas atribulações frutos de enorme responsabilidade, competitividade e um quantitativo muito numeroso de trabalho. Isso tudo pode gerar consequências de saúde muito sérias, como a síndrome de burnout em professores.

Dessa forma, é preciso estar atento para as cargas excessivas de tarefas que estão sendo desenvolvidas e detectar quando é preciso parar um pouco. Para informar você melhor sobre o assunto, reunimos as principais características dessa síndrome para que saiba identificá-la. Confira!

O que é a síndrome de burnout?

A palavra “burnout” é de origem inglesa e significa “queimar por completo”. A síndrome de burnout trata-se de um distúrbio psíquico cujas principais características são o esgotamento físico, mental e psicológico. Esses fatores tornam-se alarmantes a partir do momento em que começam a afetar diretamente a autoestima de uma pessoa deixando-a menos produtiva.

A síndrome de burnout foi descoberta por um psicólogo alemão chamado Herbert Freudenberger que a diagnosticou em si mesmo no ano de 1974. Assim, ela foi registrada no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Pessoas extremamente dedicadas ao trabalho excessivo estão mais propícias a desenvolver essa síndrome, considerada como o ponto máximo de estresse.

Quais são as causas?

As causas geralmente são associadas a uma carga excessiva de trabalho, que gera um estresse intensivo de caráter depressivo e compromete a vida do profissional da educação, no caso da síndrome de burnout em professores.

A burocracia que envolve o desenvolvimento das atividades docentes, planejamentos, planos de aula e relatórios com demandas altas podem refletir no quadro geral de saúde do professor, especialmente quando as metas não são alcançadas na íntegra, gerando sentimentos adversos de frustração e desmotivação.

Quais os sintomas?

Durante todo o processo de desenvolvimento da síndrome de burnout em professores, alguns sintomas podem surgir aos poucos. Os mais observados são:

  • estresse em nível elevado;
  • pensamentos bastante negativos em relação a toda vida profissional;
  • cansaço constante, tanto físico quanto mental;
  • isolamento;
  • humor alterado;
  • sentimentos de insatisfação;
  • dificuldades de concentração.

Os sintomas variam em cada pessoa com intensidades diferentes, isolados ou agrupados. Quando começam a se manifestar de um modo que compromete a vida do professor, é sinal de que a saúde demanda mais cuidados.

Quais os tipos de tratamento?

O tratamento para a síndrome de burnout depende de uma organização pessoal e orientação profissional. A rotina de um profissional é constante e, caso esteja abalada, precisa ser reorganizada para que aquele olhar inicial, que gera sofrimento ao professor, possa ser ressignificado.

Uma pessoa, quando fala a respeito de todas as suas angústias e insatisfações, é capaz de se escutar também e refletir sobre tudo que a abala. O psicólogo especialista na área pode direcionar, da melhor maneira possível, o que está sendo contado a ele.

Assim, é necessária a orientação psicológica para que esse sentimento possa ser desconstruído e desenvolvido de outras formas que possam trazer prazer ao docente. Atividades que ultrapassam o convívio do trabalho são extremamente saudáveis, ou seja, é preciso desfocar um pouco daquilo que está sendo vivenciado com exageros e afetando a saúde física e mental.

O ideal é que trabalho e lazer sejam equilibrados de maneira que o profissional possa se sentir bem. Uma boa organização das atividades, bem como conhecer e respeitar os próprios limites, pode mudar significativamente esse quadro.

Como afeta a qualidade de vida de professores?

A qualidade de vida dos professores é afetada quando ele se depara com uma carga muito grande de trabalho, que pode não ser cumprida totalmente e com poucos retornos. Outro aspecto importante a ser destacado é como a vida social fica comprometida, pois o tempo é ocupado de modo a desenvolver tarefas que ultrapassam o ambiente profissional e anulam o equilíbrio com o lazer.

Dessa forma, o professor se vê frustrado por não alcançar bons resultados de nenhum dos lados e, assim, inicia a manifestação de sentimentos agressivos que o deprimem e comprometem diretamente sua saúde. A qualidade de vida torna-se delicada, pois os profissionais passam a se dedicar ainda mais e vivem em função do trabalho de maneira não saudável.

Qual a influência no trabalho docente?

O professor, com a saúde comprometida mental e fisicamente, compromete a qualidade do seu trabalho sem perceber que parar um pouco e se reorganizar poderia ser a melhor solução. Por isso, a necessidade da ajuda psicológica.

As próprias demandas do trabalho o atrapalham e, por esse motivo, é preciso saber quando as atividades desenvolvidas não estão sendo mais saudáveis. O insucesso em algo extremamente priorizado gera muita insatisfação e compromete todo o trabalho desenvolvido, pois o docente perde o controle de tudo.

Quando é preciso diminuir a sobrecarga burocrática do trabalho do professor?

Diante de tudo que foi mencionado, o ideal é que o trabalho nunca ultrapasse as limitações pessoais de um docente, pois são elas que regulam o desenvolvimento de um bom trabalho. Então, o cuidado deve vir tanto do professor quanto da equipe pedagógica, que deve trabalhar em parceria e sempre tendo em vista o bem de todos, para o sucesso das atividades desenvolvidas.

Quando o trabalho começa a atingir a saúde física e mental, é uma indicação de que a sobrecarga burocrática precisa ser diminuída e que o professor precisa ressignificar todo o contexto que está sendo vivenciado. Como você pôde perceber, a síndrome de burnout em professores é algo muito delicado e sério, que pode ter consequências graves, inclusive a depressão. Por isso, é preciso estar atento e cuidar de si, lembrando que, às vezes, “mais”, pode significar “menos”.

É preciso ter consciência de tudo que está sendo realizado, planejado e priorizado, mas, muito além disso, é importante saber se existe equilíbrio. A vida profissional não pode ser algo que gere sofrimento, pelo contrário, precisa trazer satisfação, mesmo com os desafios rotineiros a serem vivenciados. Quando ultrapassam esse limite, sua saúde pode estar em risco. Fique atento!

E aí, gostou do post? Agora que já conhece as principais causas da síndrome de burnout em professores, aproveite para saber mais sobre como usar melhor os recursos da educação!

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FONTES DE PESQUISA: https://blog.portabilis.com.br/sindrome-de-burnout-em-professores/

https://novaescola.org.br/conteudo/17570/burnout-entre-professores-precisamos-falar-mais-sobre-isso

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=38